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Muitas mães ficam emocionas e por que não impressionadas com as imagens obtidas no ultrassom. Por outro lado algumas podem achar a imagem ruim. Isso acontece por uma série de fatores. Claro que o aparelho de ultrassom influencia, entretanto nos últimos anos, assim como nos computadores, a qualidade e velocidade dos equipamentos melhorou muito.
Além do equipamento, outros fatores tem uma influencia muito maior na obtenção das imagens de ultrassom. Já comentamos sobre o assunto no post sobre ultrassom 3D, mas vamos dar aqui maiores detalhes sobre os fatores que podem comprometer a qualidade da imagem.
Fatores que comprometem a qualidade da imagem
- A espessura da parede abdominal – uma característica do som é o fato de que sua energia se dissipa ao longo do trajeto que ele percorre. Quando uma pessoa fala algo muito longe, temos dificuldade em ouvir. Assim, quanto mais profundo estiver o bebê maior será a dificuldade do aparelho em gerar uma imagem bonita. Além da espessura, algumas características da barriga de grávida e seus tecidos também podem interferir. Portanto em pacientes com o panículo adiposo avantajado ou com cicatriz no tecido da parede abdominal (como cesáreas anteriores) produzem imagens piores que as pacientes com pouco tecido adiposo e sem cicatrizes. Estudos científicos já identificaram que a obesidade materna pode comprometer a qualidade do exame de ultrassom.
- Idade gestacional – a imagem muda bastante com a idade gestacional. Não podemos esperar que um bebê de 15 semanas produza imagens semelhantes a um de 27 semanas pois são muito diferentes em tamanho e composição corporal. Enquanto um bebê de 15 semanas pesa cerca de 120 gramas (quase só pele e osso) um bebê de 27 semanas pesa cerca de 1 Kg, ou seja 10x mais!
- Posição do bebê – uma posição adequada é fundamental. Quando o bebê está olhando para o umbigo da mãe as imagens da face são muito boas. Por um outro lado se o bebê estiver olhando “para dentro” é impossível obter imagens bonitas da face. Isso acontece pois os ossos do crânio não permitem a passagem adequada do som para termos imagem da face fetal nestes casos.
- Quantidade de líquido amniótico na frente do rosto do bebê – outro detalhe de extrema importância é quanto líquido tem na frente do rosto do bebê. O líquido amniótico é escuro, enquanto a pele e outros tecidos possuem diferentes tons de cinza. Quando temos líquido em volta do rosto, a pele (branca) fica cercada por imagens em preto, o que fica muito bonito. Por um outro lado quando o rosto está encostado na placenta ou na parede do útero é mais difícil de identificarmos a face do bebê.
- Posição da placenta – a posição da placenta também pode interferir. Quando ela é “anterior” ela fica entre o transdutor de ultrassom e a face do bebê, aumentando a distância que o som precisa recorrer para formar a face fetal. E assim, como já comentados, quanto maior a distância pior a imagem.
- Presença de membros na frente da face – a presença de membros compromete bastante a imagem do que se encontra atrás do mesmos. Os ossos são “inimigos” do ultrassom e impedem a passagem dele para formar imagens do que se encontra atrás do membros.
E só pra lembrar, comer chocolate não faz a imagem ficar melhor, apesar de aumentar a quantidade de movimentos que o bebê faz. Para ficar mais fácil de entender alguns fatores limitantes traduzimos um pôster para ajudar a compreender quando a imagem do ultrassom não é boa.
Veja com a imagem pode ficar diferente no mesmo aparelho
Selecionamos abaixo algumas imagens, feitas no mesmo aparelho, por vezes durante o mesmo exame. Entretanto o resultado é completamente diferente, quando não havia condição ideal para a formação de uma imagem.
Na imagem acima estamos vendo o mesmo feto. Feitas no mesmo dia e durante o mesmo exame, com cerca de 1 minuto de diferença. Note que a imagem do perfil no lado direito é bem melhor que no lado esquerdo. O que aconteceu? O feto estava com um membro na frente da face e movimentou ele, deixando a imagem bem melhor.
Neste segundo exemplo novamente estamos vendo o mesmo bebê com apenas um minuto de diferença. O que mudou? O bebê estendeu um pouco mais a cabeça. Isso fez com que a face ficasse encostada na parede do útero.
Aqui novamente a face do bebê encontrava-se completamente encostada na parede do útero, sem líquido na sua frente. Isso fez com que a imagem do perfil do bebê ficasse bastante comprometida e de difícil compreensão.
Aqui podemos observar a diferença quando o feto está voltado para cima (A) e com o rosto para baixo (B). Por ser um feto de 12 semanas e portanto com pouca ossificação ainda é possível observar a face. Porém com uma qualidade bastante inferior. Já em um feto de cerca de 20 semanas ou mais na mesma situação seria impossível identificar a face.
Todas as imagens usadas neste artigo foram produzidas no mesmo aparelho WS-80 Elite, atualmente um dos aparelhos High-End da Samsung.
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