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Além da gravidez, muitas mulheres têm o sonho de ter gêmeos naturalmente, idênticos ou não. Assim, buscam dicas para gravidez de gêmeos, fazendo tudo o que podem para que consigam ter sua gestação gemelar. Entretanto apenas cerca de 1% das gestações naturalmente concebidas serão gemelares.
Não há uma técnica que garanta isso, mas várias ações podem fazer diferença nesse tipo de concepção. E elencamos algumas aqui, leia e fique por dentro!
Gêmeos idênticos ou diferentes?
A primeira coisa que você precisa compreender é que existem diferentes tipos de gestações gemelares. Já escrevemos um post sobre os tipos de gestação gemelares se você quiser ler um pouco mais sobre o assunto. De uma maneira resumida, os gêmeos podem ser idênticos ou diferentes.
No caso de gêmeos idênticos (monozigóticos), temos apenas um óvulo que foi fecundado por um espermatozóide. Após este evento, ocorre uma divisão das células que iriam formar apenas um indivíduo. Essa divisão faz com que agora dois indivíduos, geneticamente idênticos sejam formados.
Já no caso de gêmeos que não são idênticos (dizigóticos), a mulher ovulou dois óvulos diferentes e cada um destes óvulos foi fecundado por um espermatozóide diferente. O resultado são dois indivíduos geneticamente diferentes.
Quantas placentas e bolsas tem na gestação gemelar?
Existe também uma classificação com relação ao número de bolsas e placentas que a gestação gemelar poderá ter. Nas gestações de gêmeos diferentes, as dizigóticas, sempre cada bebê terá a sua própria placenta e sua bolsa. Estas gestações serão chamadas de dicoriônicas.
O nome “córion” vem do vocábulo grego “khórion”, que pode ser traduzido como “membrana”. Na embriologia o córion é uma membrana que envolve a bolsa amniótica e contribui para o desenvolvimento da placenta. Por isso quando existem duas placentas classificamos a gestação como dicoriônica.
Por outro lado, quando existe apenas uma placenta, chamamos a gestação de monocoriônica. Quando a gestação gemelar tem apenas uma placenta, cada bebê poderá ter a sua bolsa independente ou eles poderão dividir uma bolsa única. Quando cada bebê tem a sua bolsa chamamos de diamniótica. Já quando existe apenas uma bolsa a gestação é classificada como monoamniótica.
É importante comentar que todas as gestações dicoriônicas serão diamnióticas. Ou seja, não é necessário especificar o número de bolsas nas dicoriônicas pois sempre serão duas. Já nas monocoriônicas é preciso informar se tem uma bolsa (monoamniótica) ou duas bolsas (diamniótica).
Um outro detalhe importante é que é bastante comum confundir dicoriônica com dizigótica. Isso nem sempre é verdade. Mesmo numa gestação monozigótica (gêmeos idênticos) é possível que cada um tenha sua placenta e portanto seja classificada como dicoriônica.
Pronto, agora que você já sabe bastante sobre gêmeos, vamos compreender um pouco mais sobre os fatores que aumentam a chance da mulher ter uma gestação gemelar!
Ter histórico de gêmeos na família
Todas as mulheres têm a mesma chance de engravidar de gêmeos idênticos, porque esse processo ocorre de maneira aleatória, quando o zigoto se divide. Entretanto, quando a mulher ao ovular libera dois óvulos, isso é uma característica que possui um fator hereditário.
Ou seja, se alguém na família da mulher tem histórico de gêmeos diferentes, isso aumenta a chance da mulher ter a característica de eventualmente ovular mais de um óvulo naquele ciclo menstrual. E nesse caso ela tem uma chance um pouco maior que a população em geral de ter gêmeos dizigóticos.
Idade maior do que 30 anos
Mulheres com mais de 30 anos começam a produzir muito mais uma substância chamada hormônio folículo estimulante (FSH). Ela é responsável por ajudar na maturação dos óvulos, que serão liberados e que podem ser fecundados.
Então, com o aumento desse hormônio há maiores chances de que a mulher engravide de gêmeos, novamente do tipo dizigótico.
Ingerir alimentos que ajudam na ovulação
Além de questões ligadas à produção de hormônio, alguns alimentos podem influenciar nessa liberação de dois óvulos por ciclo. É o caso de inhame e batata doce – não é à toa que mulheres tentando engravidar passam a tomar o famoso suco de inhame. O inhame possui um fito-hormônio chamado diosgenina, que no organismo é transformado em DHEA (desidroepiandrosterona) e estimula a liberação de mais de 1 óvulo pelos ovários.
Claro que não se trata de uma fórmula mágica, apesar de sabermos da presença do DHEA no inhame isso não significa que ingerir o inhame possa fornecer a quantidade suficiente para que tenhamos uma ovulação de mais de um óvulo. Entretanto existe essa crendice.
Uso de medicamentos
As mulheres que estão em tratamento para engravidar costumam consumir substâncias como clomifeno ou letrozol, receitados por médicos especialistas. Estes medicamentos ajudam a ovular e ocasionalmente pode ocorrer a ovulação de dois ou mais óvulos.
Apesar da idéia do uso desses medicamentos não ser provocar uma gestação múltipla, esse é um efeito colateral bastante conhecido. Além deste efeito colateral existem outros que podem ser bastante graves para a mulher, com a síndrome de hiperestimulação ovariana. Portanto, jamais use esses medicamentos por conta própria ou sem acompanhamento de um médico.
Fazer reprodução assistida
A reprodução assistida é outro processo para quem está em tratamento para engravidar, a diferença é que a fecundação é feita externamente. São exemplos a fertilização in vitro e a inseminação artificial.
Dependendo de alguns fatores, como a idade materna, o médico em conjunto com a paciente poderá optar por transferir mais de um embrião. Nos casos onde a transferência de mais de um embrião é realizada as chances de uma gestação gemelar aumenta. Não é regra, mas as chances são maiores.
É recomendado ter gestação de gêmeos?
Em nossa espécie, uma gestação múltipla não é considerado normal. Existem vários riscos associados a gestações múltiplas, como o aumento da pressão arterial, o risco de desenvolver diabetes gestacional e outras complicações maternal. Já do ponto de vista fetal, temos que considerar que é mais comum observarmos casos de restrição de crescimento fetal e prematuridade quando temos gestações múltiplas.
Além disso, quando os bebês dividem a mesma placenta existem doenças específicas como a transfusão feto-feto que podem ocorrer com certa frequência.
Por isso, a recomendação médica sempre será de gestar apenas um bebê por vez!
Anotou as dicas sobre gravidez de gêmeos? O ideal é se divertir durante o processo e se os gêmeos vierem, comemorar. Caso contrário, é importante saber que nem sempre estamos no controle, muito menos quanto a engravidar.
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