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Uma pergunta frequente das futuras mamães é se os exames de ultrassom realizados no pré-natal poderiam fazer algum mal para o bebê. O ultrassom é um dos exames mais solicitados durante o pré-natal e ele permite acompanhar as condições de saúda da mãe e do bebê, contribuindo para diagnósticos de alta qualidade e precisão.
O ultrassom utiliza ondas sonoras, como um radar, para produzir imagens do bebê. De uma maneira geral, as ondas sonoras produzem energia e portanto possuem um certo efeito biológico, como por exemplo, o aumento da temperatura. Em fisioterapia, por exemplo, o ultrassom é utilizado para o tratamento da dor lombar, uma vez que aumenta o fluxo sanguíneo local e favorece a cascata inflamatória.
Entretanto, em doses extremamente baixas, o som não produz nenhum efeito biológico significativo. É como escutar uma música ou conversar. A única diferença é que quando estamos falando em ultrassom a frequência é acima da faixa que os seres humanos escutam. Nós ouvimos os sons com frequência entre 20 Hz e 20.000 Hz. Os aparelhos de ultrassom para diagnóstico geralmente usam uma frequência acima de 2 MHz (2 mega Hertz, ou seja 2.000.000 Hertz).
Como o médico sabe se não estamos exagerando na quantidade de ultrassom durante o exame?
Por uma questão de segurança, todos os aparelhos de ultrassom apresentam em usa tela dois índices para monitorar a quantidade de energia que está sendo aplicada aos tecidos do paciente. Estes índices são:
- Índice Mecânico (MI) – este índice refere-se a capacidade do ultrassom ter causado cavitação (formação de cavidades). A recomendação é que o índice mecânico não ultrapasse 1.9.
- Índice Térmico (TIs) – este número refere-se a quantidade, em graus Celsius, que a temperatura do tecido insonado poderia aumentar. Na figura abaixo o TIs é 0,2 então a temperatura pode ter aumentado até 0,2 graus Celsius
Existem exames que produzem mais energia?
Sim, quanto mais tempo o transdutor ficar parado no mesmo local, mais energia será concentrada. Além disso a função de Doppler utiliza mais energia do que as ondas utilizadas para produzir as imagens bidimensionais. O exame transvaginal também costuma produzir mais energia que o exame pela via abdominal. Dessa forma, manter o exame o mais breve possível e movimentar o transdutor ajudam evitar o excesso de energia além de dissipar a energia em uma área maior.
O que dizem os estudos sobre o assunto?
Uma revisão sistemática foi realizada pela Organização Mundial de Saúde e publicada em 2009 sobre o assunto. Mais de 60 publicações foram aguardas para verificar a associação da ultrassonografia pré-natal com problemas para o bebê. A ultrassonografia NÃO foi associada com nenhum desfecho desfavorável para os seguintes problemas:
- Complicações maternas;
- Complicações perinatais;
- Atraso de desenvolvimento neurológico ou motor;
- Risco para câncer na infância;
- Performance intelectual;
- Doenças mentais
Veja o estudo: Safety of ultrasonography in pregnancy: WHO systematic review of the literature and meta-analysis. Ultrasound Obstet Gynecol. 2009
Em resumo…
1. O exame de ultrassom é seguro?
Sim, é um exame seguro, não existe evidência de que a exposição ao ultrassom, dentro dos limites recomendados, possa causar algum dano a mãe ou ao bebê. Tão seguro que você já pode fazer o seu primeiro ultrassom com apenas 4 semanas!
2. O barulho do ultrassom pode incomodar o bebê?
Não, o bebê não pode ouvir o ultrassom pois a frequência está acima da nossa capacidade de audição.
3. Existe um número de ultrassonografias recomendado para a gestação?
A maioria dos protocolos recomenda 3 exames de rotina, entretanto exames adicionais poderão ser solicitados conforme a necessidade de cada caso.
4. E o Raio-x, pode fazer mal?
Em baixas quantidades não, veja nosso post sobre o Raio-X na gestação.
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