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A amniocentese é um procedimento médico realizado para obter uma amostra do líquido amniótico (o líquido da bolsa que banha o feto). O médico realiza o procedimento utilizando um aparelho de ultrassom para guiar uma agulha através do abdome materno até a cavidade amniótica. Quando a agulha chega na cavidade amniótica aspira-se cerca de 20 ml de líquido para análise. Uma das indicações da amniocentese é a translucência nucal aumentada.
Como o médico faz a amniocentese?
Por meio da ultrassonografia determina-se a posição do feto e localiza-se, no saco amniótico, uma área contendo líquido, onde o médico introduz uma agulha através do abdome da paciente. Então ele aspira uma pequena quantidade de líquido amniótico para análise. Depois disso retira-se a agulha. O médico usa o ultrassom para monitorar o exame. O tempo total do procedimento é de 10 a 15 minutos (porém pode demorar um pouco para localizar o ponto ideal da punção). Depois da coleta, o líquido é enviado para o laboratório para realização da análise do material.
É necessário algum preparo prévio?
Não. Antes de realizar o procedimento a paciente deverá esclarecer todas as suas dúvidas. Além disso é importante assinar um termo de consentimento. Todos os códigos de exame devem estar previamente liberados.
O exame é doloroso?
O sensibilidade de dor bem variável entre as pessoas. Em geral as pacientes queixam de um pouco de pressão e cólica, mas nada que seja muito forte. Se você sentir dores no umbigo após o procedimento é provável que essa dor tenha uma outra origem e coincidentemente apareceu após o procedimento.
Que tipo de análise pode ser feita?
Mais comumente utiliza-se o líquido para fazer um exame chamado cariótipo. Entretanto este mesmo líquido também pode ser utilizado para pesquisar anemia fetal, maturidade pulmonar fetal, doenças gênicas (como a doença de Tay-Sachs ou galactosemia) e para realizar testes de paternidade.
A amniocentese é um procedimento seguro?
Relativamente sim. Os médicos já realizavam a amniocentese mesmo antes de termos o ultrassom. Naquela época, os médicos usavam a palpação uterina para localizar o espaço contendo líquido e introduziam a agulha neste local. O ultrassom ajuda a achar o local mais adequado e a guiar a agulha para esta região. Entretanto, devemos lembrar que, para as mulheres que realizam o procedimento, a chance de romper a bolsa ou ter uma perda gestacional aumenta em cerca de 0,5 a 1%, por isso, devemos realizar o procedimento apenas com uma indicação precisa.
A agulha pode tocar o bebê?
Isto acontecia com muita freqüência quando o procedimento era feito sem o auxílio do ultrassom. Hoje com o ultrassom a chance de tocarmos o feto com a agulha diminuiu bastante. Eventualmente se isto acontecer não haverá grande problemas pois é o mesmo que acontece quando a sua pele é tocada com a agulha.
Existe algum risco para mãe?
Existem descrições na literatura de complicações maternas como hemorragias e infecção, mas são eventos extremamente raros e isolados.
Devo ter algum cuidado especial após o exame?
Solicitamos que a paciente faça um repouso relativo por 24 a 48 horas pois este é o período crítico para as complicações decorrentes do procedimento. A paciente deve evitar grandes esforços e não ter relações sexuais neste período. É comum sentir um pouco de cólica após o procedimento e para caso isso venha a acontecer recomendamos utilizar um analgésico, preferencialmente aquele prescrito pelo seu obstetra caso você tenha cólicas. É importante informar também caso você tenha o fator Rh negativo. Estas pacientes também devem tomar imunoglobulina (vacina) dentro das 72 horas que se seguem ao procedimento. Assim é possível evitar problemas de incompatibilidade sanguínea.
Não vai faltar líquido para o bebê?
O feto produz líquido amniótico constantemente pois a maior parte do líquido é formada pela urina fetal. Sabemos que em cerca de 24 a 48 horas o volume retirado será reposto.
E se o resultado do exame mostrar que o feto tem alguma doença genética?
Se o resultado mostrar que seu feto tem alguma doença genética o seu médico irá explicar-lhe como essa doença irá afetar o seu filho. Irá também discutir se a doença tem cura e quais são os tratamentos disponíveis. Eventualmente outros testes como a pesquisa por microarranjo de DNA poderá ser utilizada para complementar o estudo, mesmo quando o resultado do cariótipo for normal.
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