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A bolsa de Blake
A bolsa de Blake é uma estrutura embriológica normal. Ela aparece de uma maneira transitória que inicialmente não se comunica com o espaço subaracnoídeo. Posteriormente a bolsa apresenta perfurações que formam o Forame de Magendie.
Sequencia embriologia do desenvolvimento do teto do IV ventrículo. O plexo coróide divide o teto do quarto ventrículo em uma área membranosa anterior e outra área membranosa posterior (a). O vérmis cerebelar se origina da área membranosa anterior (b), que eventualmente desaparece. A bolsa de Blake surge como uma protusão da área membranosa posterior (c), que posteriormente se comunica com o espaço subaracnóideo formando o forame de Magendie (d). AM Anterior: área membranosa anterior; AM Posterior: área membranosa posterior.
Cisto de Blake ou Cisto da Bolsa de Blake
Os cistos da bolsa de Blake surgem quando a perfuração da bolsa de Blake não ocorre ou ocorre de maneira insuficiente. Dessa forma o forame de Magendie é não é eficaz em comunicar a bolsa de Blake com o espaço subaracnoídeo. Portanto a bolsa de Blake persiste formando uma imagem cística que parece uma projeção em forma de dedo comunicando o IV ventrículo com a cisterna magna.
Vídeo cortesia do Dr. Jader Cruz – The Fetal Medicine Foundation
O cisto da bolsa de Blake ocorre em cerca de 1 a cada 1.000 nascimentos, e geralmente é um achado isolado. O prognóstico é bom, sendo o desenvolvimento neurológico normal em cerca de 90% dos casos. Quando isolado não aumenta o risco de recorrência em gestações futuras.
Diagnósticos Diferenciais
Os principais diagnósticos diferenciais do cisto da bolsa de Blake são:
- A megacisterna magna – situação aonde apenas o tamanho da cisterna magna está aumentado, sem alterações na posição ou tamanho do cerebelo.
- A malformação de Dandy-Walker e suas variantes – aonde associado ao aumento da cisterna magna podemos ver diferentes graus de hipoplasia do vermis cerebelar.