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Muitas dúvidas pairam diante da notícia de uma doença, seja no diagnóstico, durante o tratamento ou após dele. Quando se trata de doenças mais graves, como o câncer, essas questões ganham uma proporção ainda maior. Uma das doenças que mais afeta as mulheres brasileiras e de todo os países do mundo, o câncer de mama, acontece quando as células da mama crescem de forma desordenada, gerando o tumor.
Trata-se de uma enfermidade que afeta as mulheres de diferentes maneiras, diante da necessidade de mudança em alguns aspectos da vida, inclusive na ocasião em que elas têm filhos durante ou após o tratamento, na amamentação. E sim, você pode amamentar após o câncer de mama! Entenda tudo sobre isso aqui conosco.
O que é o Câncer de Mama?
O câncer de mama é um tipo de câncer que se desenvolve no tecido mamário. Ele ocorre quando algumas células da mama começam a crescer de maneira anormal e descontrolada, formando um tumor. É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo, mas também pode afetar os homens, embora seja mais raro nesse caso.
Este tipo de câncer geralmente começa nas células dos ductos – canais que transportam o leite dos lóbulos para o mamilo. Também pode começar nas células glandulares, os lóbulos, que produzem o leite materno. Raramente, o câncer de mama pode começar em outros tecidos da mama.
É importante ressaltar que nem todos os tumores na mama são cancerígenos. Alguns tumores podem ser benignos, ou seja, não cancerígenos, e outros podem se classificar como pré-câncer, tendo o potencial de se tornarem cancerígenos se não receberem tratamento.
Os sintomas de câncer de mama podem variar, mas o mais comum é o aparecimento de um nódulo ou espessamento no tecido mamário que se sente diferente do resto do tecido mamário. Outros sintomas podem incluir alterações na pele da mama, alterações no mamilo, dor na mama ou no mamilo, e uma descarga diferente de leite vindo do mamilo.
Fatores de Risco
Existem diversos fatores que podem aumentar o risco de desenvolver câncer de mama, incluindo idade, histórico familiar de câncer de mama ou de ovário, exposição ao estrogênio, certos fatores genéticos, entre outros.
No entanto, ter um ou mais fatores de risco não significa necessariamente que uma pessoa terá câncer de mama. Muitas mulheres que desenvolvem câncer de mama não apresentam fatores de risco conhecidos, além do fato de serem mulheres e envelhecerem.
Por isso, é importante realizar exames regulares de mama, como a mamografia, para detecção precoce de possíveis anormalidades. Quanto mais cedo o câncer de mama for detectado, melhores serão as chances de tratamento e recuperação.
Amamentação, gravidez e câncer de mama
Quando a mulher acometida pelo câncer de mama engravida, muitas questões de saúde, sejam clínicas ou psicológicas, estão envolvidas. Nessas situações, o acompanhamento de uma equipe de saúde multidisciplinar é essencial e os cuidados precisam ser bem específicos conforme diversos fatores, tais como o estágio da doença, a resposta do tratamento, entre outros.
Se o câncer de mama é descoberto na fase da amamentação, muitas vezes é preciso cessar o ato no momento em que o tratamento se inicia, caso ele seja feito com quimioterapia. Isto ocorre pois os quimioterápicos podem passar para o bebê por meio do leite. Nesta ocasião, você deve consultar um pediatra para que ele indique outras alternativas de alimentação.
Precauções e cuidados com a amamentação pós-tratamento do câncer
Mulheres que passaram pelo tratamento contra o câncer de mama podem amamentar. No entanto, isso sempre deve ser feito com orientação e acompanhamento médico. As condições variam de acordo com as particularidades de cada caso.
Por exemplo, se uma mulher passou por uma mastectomia em uma das mamas, a situação é diferente. Nesse caso, a mastectomia implica a remoção total da mama. Se essa operação ocorreu em apenas uma mama e a outra não sofreu intervenções, a amamentação pode ocorrer. Neste cenário, a amamentação é feita exclusivamente com a mama não afetada pela doença.
Se a mama passou por um procedimento de retirada parcial, você deve verificar como o câncer afetou essa parte do corpo e que tipo de cirurgia foi realizada. A partir dessas considerações, o médico vai analisar a possibilidade de amamentação.
Tudo depende se os dutos que transportam o leite até os mamilos foram danificados pela doença. Caso não tenham sido afetados, a amamentação pode acontecer.
Considerações Psicológicas e Emocionais
Enfrentar um diagnóstico de câncer de mama pode ser uma das experiências mais desafiadoras na vida de uma pessoa. O impacto emocional é imenso, abrangendo uma gama de emoções que podem incluir choque, medo, incerteza, raiva e tristeza. Isso pode se aprofundar ainda mais quando a paciente está considerando a maternidade ou está atualmente amamentando.
O processo de tratamento, que pode envolver cirurgias, quimioterapia, radioterapia, entre outros, adiciona uma camada extra de estresse emocional. Mudanças físicas, como a perda de cabelo e a remoção cirúrgica da mama (mastectomia), podem impactar negativamente a autoimagem e a autoestima da mulher, levando a sentimentos de tristeza e ansiedade.
No contexto da amamentação, as emoções podem ser ainda mais intensas. A amamentação é muitas vezes vista como uma parte fundamental da maternidade e uma maneira de se conectar com o bebê. O medo de não ser capaz de amamentar após o tratamento do câncer de mama pode adicionar uma angústia adicional.
Muitas mulheres se perguntam: “Poderei amamentar após o tratamento? Como será minha relação com meu filho se eu não puder amamentar? Como lidarei com essa perda?”. Abordamos essas questões válidas com empatia e compreensão
O suporte emocional durante este período é essencial. Grupos de apoio, terapia individual, orientação de profissionais de saúde especializados (como uma consultora de amamentação) e o apoio de amigos e família podem ser inestimáveis para ajudar a lidar com essas emoções.
Dicas para amamentar após o câncer de mama
A amamentação após o câncer de mama pode ser um desafio, mas existem estratégias que podem auxiliar nesse processo. Caso o câncer tenha afetado apenas um dos seios, você pode amamentar completamente e de forma saudável com o outro seio não afetado. Uma alimentação balanceada, o consumo adequado de líquidos e o descanso são essenciais para manter a produção de leite.
No início, o leite materno, conhecido como colostro, é incrivelmente nutritivo e repleto de anticorpos vitais para a saúde do recém-nascido. Mesmo se você só puder amamentar de um lado, a produção do colostro ainda será beneficiada.
A posição durante a amamentação é crucial. Para as mães que amamentam com um só seio, uma poltrona de amamentação confortável e adequada pode fazer toda a diferença. Escolher uma poltrona de amamentação que ofereça suporte para as costas e os braços facilita a acomodação do bebê e ajuda a evitar dores na mãe.
Ações preventivas como aliadas na manutenção da saúde feminina
Hábitos saudáveis e exames e consultas de rotina são essenciais para a prevenção e diagnóstico precoce de qualquer tipo de enfermidade, bem como para acompanhar os resultados dos tratamentos necessários. Já durante a gestação, essas práticas são de extrema importância para se verificar a saúde e o desenvolvimento do bebê.
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