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Todos sabem que os gêmeos podem ser idênticos ou não. Entretanto existem mais tipos de gestações gemelares. Os gêmeos idênticos são chamados de monozigóticos (por resultarem da fertilização de apenas um óvulo). Enquanto os gêmeos diferentes são conhecidos como dizigóticos (resultam da fertilização de dois óvulos por dois espermatozóides distintos).
Os gêmeos monozigóticos são geneticamente idênticos e possuem características físicas semelhantes. As pequenas diferenças dos gêmeos monozigóticos são produto da interferência do fator ambiental sobre o desenvolvimento dos mesmos. Já os gêmeos dizigóticos podem ter até sexo diferente e não são geneticamente iguais. Tanto os gêmeos monozigóticos como os dizigóticos pode ser concebidos naturalmente.
Além disso, as gestações gemelares são também classificadas de acordo com o número de placentas e bolsas. Os fetos podem ter bolsas e placentas independentes ou compartilhar a mesma bolsa e placenta. Para o obstetra é muito importante saber o número de placentas pois existem complicações com a Síndrome da Transfusão Feto-Fetal que ocorrem apenas em gestações monocoriônicas (com uma placenta apenas).
No caso de gemelaridade dizigótica teremos invariavelmente duas placentas, duas bolsas e dois fetos.
Já nas gestações gemelares monozigóticas poderemos ter: (a) uma placenta, uma bolsa ou; (b) uma placenta, duas bolsas ou; (c) duas placentas, duas bolsas.
O que significa “córion” e “amnio” em Gestações Gemelares?
Dessa forma, utilizamos o radical “córion” para designar o número de placentas e “amnio” para o número de bolsas. Assim sendo, as gestações gemelares poderão ser classificadas como monocoriônicas ou dicoriônicas com relação ao número de placentas e monoamnióticas ou diamnióticas de acordo com o número de bolsas (veja figura ilustrativa abaixo).
O fato de existirem gêmeos monozigóticos na família não aumenta a chance de uma gestação gemelar para a paciente. Já no caso de gêmeos dizigóticos existe um aumento de risco. Isto acontece pois para termos gêmeos dizigóticos a mulher precisa ovular mais de um óvulo num mesmo ciclo menstrual e isto não é o habitual. Esta característica de ovular mais de um óvulo em alguns ciclos pode ser geneticamente herdada e portanto passar para outros membros na família.
Portanto, a única situação que nos permite dizer, com certeza, que os gêmeos são diferentes é quando vemos no ultrassom que o sexo dos gêmeos é diferente (um menino e uma menina). Como é pouco comum que as gestações monozigóticas tenham duas placentas, quando vemos duplicidade de todas as estruturas existe uma chance maior de estarmos diante de uma gestação dizigótica.
Imagem de capa: Studio Gaea
O parto das gestações gemelares
Agora que você já aprendeu sobre os tipos de gestações gemelares é importante saber que o momento adequado do parto também é definido pelo número de placentas e bolsas. As gestações gemelares dicoriônicas devem ter seu parto realizado preferencialmente entre 37 e 38 semanas.
Já as monocoriônicas diamnióticas devem ter o parto realizado um pouco mais cedo, entre 36 e 37 semanas. Quando os bebês dividem a mesma bolsa e placenta (monocoriônica monoamniótica) a chance de complicações são maiores e o parto deve ser consideravelmente mais cedo, entre 32 e 34 semanas.
Além disso é importante comentar também com relação a via de parto. Apesar de poder ser feito parto normal em gestações gemelares na maioria das vezes acaba-se optando pela realização de cesárea.
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