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OBJETIVO: Em gestações não complicadas, os exames ultrassonográficos de terceiro trimestre identificaram significativamente mais casos de crescimento fetal ou anormalidades do líquido amniótico (27%) do que a medida da altura uterina (8%).
MÉTODOS: Mulheres sem complicações entre 24 0/7 e 30 6/7 semanas de gestação foram randomizados para conduta de rotina (grupo de controle) ou exame de ultrassom a cada 4 semanas (grupo de estudo). O desfecho primário foi um composto de anormalidades no volume de líquido amniótico: oligodrâmnio ou polidrâmnio; restrição do crescimento fetal; ou grande para a idade gestacional. O desfecho secundário foi a presença de morbidade materna ou neonatal composta entre os dois grupos. Um total de 206 participantes foi necessário para ter poder de 80% para detectar um aumento no resultado composto primário de 10% no controle para 25% no grupo de intervenção (taxa de base de 10%; bicaudal; α = 0,05; perda de seguimento de 5%). Todas as mulheres foram incluídas na análise da intenção de tratar. Os testes exato de Fisher, χ2 ou teste t de duas amostras foram usados para avaliar as diferenças entre os grupos.
RESULTADOS: De 11 de julho de 2016 a 24 de maio de 2017, 852 mulheres foram avaliadas para identificar os critérios de elegibilidade e 206 foram randomizados da seguinte forma: 102 em conduta de rotina e 104 em exames de ultrassonografia seriada. Os dois grupos foram semelhantes e comparáveis. O resultado primário composto foi significativamente maior entre as mulheres que estavam no grupo de exame de ultrassom do que o grupo de conduta de rotina (27% vs 8%; risco relativo 3,43, IC 95% 1,64-7,17); cinco mulheres (IC95% 3–11) foram necessárias para identificar pelo menos uma das anormalidades ultrassonográficas compostas. Embora tenhamos sido incapazes de detectar uma diferença significativa, os seguintes desfechos secundários ocorreram com frequência semelhante no grupo de exame ultrassonográfico e no grupo de conduta de rotina: indução resultante de exames ultrassonográficos anormais (14% vs 6%), parto cesáreo (5 % vs 6%) e morbidade materna composta pré-especificada (9% em ambos os grupos) e morbidade neonatal composta (1% vs 4%).
CONCLUSÃO: Entre as gestações não complicadas com 24 0/7 a 30 6/7 semanas de gestação, exames ultrassonográficos de terceiro trimestre foram significativamente mais propensos a identificar anormalidades do crescimento fetal ou no líquido amniótico do que a medida dea altura uterina e ultrassom apenas quando indicado. Não foram observadas diferenças nos resultados maternos e neonatais, porém o estudo não foi planejado para indetificar estes parâmetros.
Referência
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