Vaginismo: Entenda a Disfunção Sexual que Afeta Muitas Mulheres

Entenda o que é vaginismo, suas causas e tratamentos. Informações essenciais para superar o desconforto e retomar uma vida sexual saudável.

Dr Rafael Bruns

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Vaginismo

Ao longo da vida, muitas mulheres podem encontrar dificuldades em sua vida sexual. Uma dessas dificuldades é o vaginismo, uma condição caracterizada pela contração involuntária dos músculos ao redor da vagina. Essa condição pode causar desconforto, dor e até mesmo impossibilitar a penetração durante a relação sexual.

O que é o Vaginismo?

O vaginismo é uma disfunção sexual feminina em que ocorre um espasmo involuntário dos músculos que cercam a vagina. Os espasmos fazem com que a vagina seja muito estreita e podem dificultar ou impedir a atividade sexual e exames ginecológicos. Esta condição, muitas vezes, é associada a ansiedade e ao medo da penetração vaginal. Muitas vezes a penetração vaginal pode estar associada a dor, o que é chamado de dispareunia.

O vaginismo é caracterizado por contrações musculares involuntárias que ocorrem quando algo tenta penetrar a vagina, seja um pênis, dedo, tampão ou instrumento médico. Essas contrações podem ser levemente desconfortáveis ou muito dolorosas.

Não se sabe ao certo quantas pessoas sofrem de vaginismo. Muitas mulheres podem sentir vergonha de conversar sobre o problema com seus profissionais de saúde. No entanto, estima-se que a incidência varia de 5% a 42%. Conviver com o vaginismo pode ser um desafio, especialmente quando se trata de manter uma vida sexual ativa. No entanto, é importante lembrar que é possível ter interações sexuais prazeirosas.

Quais são os sintomas?

Os sintomas do vaginismo podem surgir durante a adolescência ou no início da vida adulta, quando a mulher começa a ter relações sexuais. A condição também pode ocorrer quando a mulher tenta inserir um tampão pela primeira vez ou durante um exame pélvico. Algumas mulheres desenvolvem vaginismo mais tarde na vida, mesmo após anos sem problemas.

As causas podem ser físicas e psicológicas. Infecções do trato urinário, infecções por fungos e certas condições médicas podem agravar a dor do vaginismo. Além disso, fatores emocionais, como ansiedade e traumas sexuais passados, também podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição.

Os sintomas do vaginismo variam de mulher para mulher. Entre os sintomas mais comuns estão:

  • Desconforto ou dor durante a penetração vaginal;
  • Incapacidade de ter relações sexuais ou fazer um exame pélvico devido a espasmos musculares ou dor na vagina;
  • Relações sexuais dolorosas.

O que causa o vaginismo?

Embora a causa exata do vaginismo seja desconhecida, vários fatores podem contribuir para o seu desenvolvimento, incluindo:

  • Transtornos de ansiedade;
  • Lesões no parto, como lacerações;
  • Cirurgia prévia;
  • Medo do sexo ou sentimentos negativos em relação ao sexo, possivelmente devido a abusos sexuais passados, estupro ou trauma.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico do vaginismo é feito com base nos sintomas da paciente e na sua história médica e sexual. Um exame pélvico pode ajudar a descartar outros problemas ou confirmar a presença de espasmos musculares.

O tratamento se concentra em reduzir o reflexo dos músculos que os fazem se contrair. Além disso, o tratamento também aborda as ansiedades ou medos que contribuem para o vaginismo.Uma equipe multidisciplinar, formada por ginecologista, fisioterapeuta e sexólogo, podem auxiliar no tratamento.

O tratamento é uma mistura de fisioterapia, educação em sexualidade, aconselhamento e práticas como o tensionamento e relaxamento dos músculos pélvicos, também conhecidos como exercícios de Kegel.

Em alguns casos extremos, podem ser indicadas injeções de medicamentos que atuam no relaxamento dos músculos vaginais, como o Botox. A utilização de gel lubrificante também poderá ser indicada.

Para diminuir a sensibilidade à penetração, uma boa estratégia é o uso de dilatadores vaginais feitos de material plástico. Você deve realizar esses exercícios sob orientação de um profissional capacitado, como um sexólogo ou fisioterapeuta. Envolver o(a) parceiro(a) no tratamento é fundamental e pode gradualmente levar a uma intimidade mais profunda, tornando as relações sexuais possíveis com o tempo.

Seu médico poderá fornecer informações mais precisas para o seu caso. Os tópicos abordados podem variar, mas geralmente incluem anatomia sexual, ciclo da resposta sexual e mitos frequentes sobre a sexualidade.

Muitas pessoas com vaginismo deixam de ter o problema após o tratamento. No entanto, o tratamento bem-sucedido leva tempo, portanto, é necessário ter paciência.

Embora o vaginismo possa ser uma condição desafiadora, é importante lembrar que você não está sozinha. Se você está sofrendo com essa condição, procure ajuda médica. Existem muitos profissionais de saúde que podem ajudar você a entender e gerenciar essa condição.

Categorias: Dicas, Gestantes
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